segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Depoimentos...

ž“Fiz um curso tem uma ou duas semanas, e uma adaptação muito simples que a professora mostrou foi um globo terrestre de plástico onde a professora apenas colou areia sobre as partes que simbolizavam a terra no globo, achei muito interessante e simples, e algo que as vezes nem passa por nossas cabeças. Outros itens que ela nos mostrou já vêm prontos e nem sempre custam caro, como relógios que falam as horas, calculadoras muito grandes, calculas que falam os números. Achei muito legal.Para fazer a cela Braille e poder ensinar aos DV podemos usar até caixas de ovos que fica muito legal e custa pouco. ” Eduardo Nepomuceno
ž“Eu tive um colega num curso uma vez que era cego, havia perdido a visão depois de adulto e não podia ver em Braille já que havia trabalhado muito tempo na indústria química e ele não tinha a sensibilidade suficiente para ler o Braille. Para ele estudar no curso sua esposa, que tinha visão subnormal, teve que gravar todo o livro em fitas cassetes, e durante a aula ele usava um gravador, de fita cassete, para poder estudar em casa. Lembro que a professora de português ficou fascinada com tamanha dedicação e esforço de nosso colega. Para a prova do concurso ele teria a ajuda de um “ledor” que segundo ele, nem sempre consegue transmitir tudo que está na prova, seja pelo cansaço, por causa do tempo, seja pela entonação de voz, posicionamento de vírgula (prova de português).” Eduardo Nepomuceno
ž“Creio que poderá ajudar em nosso trabalho quanto à prática pedagógica da inclusão do DV. Entrevistei uma amiga que trabalha com a inclusão de alunos com necessidades especiais educacionais. Quando a criança nasce cego e chega na idade escolar, frequenta a sala de recursos. E no 5º ano é que vai para uma classe regular. Ela aprende o braile e também o uso do soroban para aprender as 4 operações. Duas vezes por semana tem aula individual com o professor esciapeializado. Também é feita a transcrição das atividades do aluno para o braile. Quando o aluno perde a visão na adolescência ou juventude é matriculado numa classe multiseriada. O aluno aprende como sair do "sistema de tinta" para o braile. Mas, na rede estadual o aluno é encaminhado ao NAPES que dá apoio à escola.” Solange Lacerda Gomes da Silva
žAcredito mesmo que a percepção do toque, na fase inicial seja realmente super importante, mas o cérebro dessas pessoas é surpreendente. Conheço um senhor, de vista, que mora em uma cidade vizinha a minha. Ele só viaja de ônibus e, sozinho, nunca erra o ponto que quer parar. E o mais impressionante é que ele vai oa centro do RJ anda em todas as ruas que precisa faz tudo o que tem que fazer sem ajuda de ninguém, praticamente, e volta pra casa feliz da vida, sem errar nadinha. Após muito tempo perguntaram para ele como ele sabia o ponto onde descer, e ele disse que contava as curvas e o tempo que o ônibus percorria a reta.Fora a audição.Se bobear é capaz de distinguir o ônibus da companhia que está passando. Sou fã numero um deste senhor.”Karina Mansur

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